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Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

por Graça Andrade Ramos, Cristina Sambado, Joana Raposo Santos, Carlos Santos Neves - RTP

Depois da confirmação do primeiro ataque com mísseis de longo alcance norte-americanos contra solo russo, a Ucrânia aguarda uma retaliação que Moscovo já deu como inevitável. Acompanhamos aqui, ao minuto, o evoluir da situação no leste da Europa.

Emissão da RTP3


Celal Gunes - Anadolu via Reuters Connect

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Momento-Chave
por Graça Andrade Ramos - RTP

Paulo Rangel confia que Rússia não irá usar armas nucleares

Caitlin Ochs - Reuters

O ministro dos Negócios Estrangeiros assumiu na última noite, em entrevista à RTP3, ter ficado preocupado com a alteração do protocolo nuclear russo, decidida pelo presidente Vladimir Putin esta semana.

Paulo Rangel acredita contudo que a Rússia não irá transformar a guerra com a Ucrânia num conflito nuclear. 

"Estamos com alguma confiança de que esse passo não será dado", afirmou.

"O conflito está numa altura de grande tensão, há mudanças geopolíticas ", reconheceu o diplomata, "mas julgamos que o risco nuclear estará excluído, porque a própria Federação Russa terá noção de que, isso seria um passo de tal maneira grave que criaria um conflito de outro tipo".

"Nós estamos sempre a apelar à contenção e ao respeito pelo direito internacional", referiu, lembrando que essa mesma mensagem foi deixada na Cimeira do G20, no início da semana, e mesmo reconhecendo a existência de "um fator que nos preocupa", especificamente o desrespeito do direito internacional por parte da Rússia ao invadir a Ucrânia, a par da posse de armas nucleares.
A decisão russa de  modificar os seus protoclos nucleares ficou a dever-se à autorização, dada a Kiev por parte de Washington, para o uso de mísseis de longo alcance norte-americanos contra alvos russos.

Kiev apressou-se a fazer uso dessa autorização.
Encerramento da embaixada explicado
O agravamento da tensão levou diversos países ocidentais a decidir pelo encerramento das suas embaixadas em Kiev esta quarta-feira, incluindo Portugal.

Paulo Rangel já tinha desvalorizado a questão durante a tarde, assumindo que os serviços da embaixada já foram fechados "mais de 200 vezes", "nestes mil dias" desde a invasão russa.

"Amanhã a embaixada pode estar aberta ou só segunda-feira", afirmou. "Admito a reabertura com serviços mínimos", acrescentou, com "um diplomata e um funcionário".

É algo que será ponderado dia a dia. "É uma avaliação permanente", caso surja por exemplo um alerta, o funcionamento altera-se. "A decisão é sempre avaliada no momento" explicou.

"Num país em guerra este é o quotidiano de uma embaixada", referiu ainda Rangel. "Até existe já um protocolo" para decidir que tipo de funcionamento será efetuado.

Portugal tem 10 pessoas na embaixada, incluindo dois diplomatas lusos. Vivem com "dois kits de emergência ao seu lado" e "muitas vezes dormem em bunkers e não nas suas residências", explicou. 

Os constantes alertas afetam o funcionamento da embaixada, acrescentou Rangel, considerando que a palavra "encerramento" é "enganosa" porque implica o regresso do pessoal diplomático a Portugal, algo que não vai suceder.
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por Lusa

Estados Unidos planeiam reabrir embaixada em Kiev na quinta-feira

Os Estados Unidos planeiam reabrir na quinta-feira a sua embaixada na Ucrânia, que fechou hoje devido ao receio de um ataque russo em grande escala, a que se seguiu o encerramento de outras representações diplomáticas ocidentais, incluindo a portuguesa.

"Esperamos que a embaixada volte ao funcionamento normal amanhã [quinta-feira]", confirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em conferência de imprensa, sublinhando que o Governo norte-americano leva a segurança do seu pessoal no estrangeiro "extremamente a sério" .

O porta-voz referiu que até ao momento não se verificaram as informações de Washington sobre a possibilidade de ocorrer hoje um grande ataque russo em Kiev, embora tenha ressalvado que a Ucrânia tem sido "alvo de bombardeamentos significativos nos últimos dias e essa ameaça existe sempre".

Miller esclareceu que o encerramento da embaixada não implicou a saída de qualquer membro do corpo diplomático norte-americano no país.

"Baseamos a nossa avaliação de segurança em todas as informações que temos à nossa disposição e tentamos ser extremamente cautelosos para proteger o nosso pessoal", frisou.

Os Estados Unidos, Portugal, Espanha, Itália, Grécia e Canadá fecharam as portas das suas embaixadas na Ucrânia durante o dia de hoje, após Washington ter divulgado informações a dar conta da iminência de bombardeamentos intensos contra Kiev.

O encerramento das representações ocidentais ocorreu depois de a Ucrânia ter lançado, na segunda-feira e pela primeira vez, um ataque contra a região russa de Bryansk utilizando mísseis de longo alcance ATACMS, fornecidos pelos Estados Unidos, bem como mísseis britânicos Storm Shadow hoje contra solo russo.

Os ataques foram realizados logo após a "luz verde" sem precedentes do Presidente norte-americano cessante, Joe Biden, à utilização pelas forças de Kiev de mísseis norte-americanos de longo alcance contra a Rússia.

Em resposta, na terça-feira, dia em que assinalaram mil dias sobre o início da invasão russa da Ucrânia, o líder do Kremlin, Vladimir Putin, assinou um decreto que aumenta as possibilidades de utilização das armas nucleares da Rússia.

Várias potências ocidentais tinham já alertado que consideravam inaceitável a mobilização de cerca de dez mil militares norte-coreanos para lutar ao lado do Exército russo na região fronteiriça de Kursk, invadida pelas tropas ucranianas em agosto.

Esta escalada militar na guerra da Ucrânia ocorre numa fase em que as forças ucranianas lidam com uma progressão das tropas russas na região leste de Donetsk, e procuram segurar as suas posições em Kursk.

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Momento-Chave
por RTP

Washington aponta dedo à Russia no corte dos cabos submarinos do Báltico

Foto: Anne Kauranen - Reuters

Os Estados Unidos apontam o dedo a Moscovo no corte dos dois cabos submarinos no Mar Báltico. A Rússia nega as acusações. Portugal tem 20 destes cabos que carregam todas as informações secretas. As forças armadas acreditam que a Rússia tenta roubar esses dados sempre que passa em águas portuguesas.

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Momento-Chave
por RTP

Zelensky admite derrota se Trump cancelar o apoio militar a Kiev

Foto: Reuters

O presidente da Ucrânia admite uma derrota face à Rússia se o próximo presidente dos Estados Unidos cancelar o apoio militar. A actual Administração norte-americana anunciou um novo pacote de ajuda no valor de 275 milhões de dólares. E depois dos mísseis ATACMS fornecidos pelos Estados Unidos, a Ucrânia atacou território russo pela primeira vez com os mísseis Storm Shadow cedidos pelo Reino Unido.

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Momento-Chave
por Lusa

Canadá junta-se a outros países ocidentais e fecha embaixada em Kiev

A decisão foi tomada após as autoridades norte-americanas terem alertado para um ataque aéreo em grande escala da Rússia, o que levou outras representações diplomáticas ocidentais em Kiev, incluindo a portuguesa, a encerrar.

"A embaixada do Canadá em Kiev suspendeu temporariamente os seus serviços ao público devido à situação de segurança", revelou o Governo canadiano numa mensagem publicada no seu `site` oficial, justificando com "informações específicas sobre um possível ataque aéreo substancial", de acordo com dados de Washington.

Além do Canadá, os Estados Unidos, Portugal, a Espanha, a Itália e a Grécia adotaram a mesma medida.

O encerramento das embaixadas ocidentais ocorre pouco depois de a Ucrânia ter lançado pela primeira vez um ataque contra a Rússia utilizando mísseis de longo alcance ATACMS, fornecidos pelos Estados Unidos, bem como mísseis britânicos Storm Shadow.

Na terça-feira, dia em que assinalaram mil dias sobre o início da invasão russa da Ucrânia, o Presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto que aumenta as possibilidades de utilização das armas nucleares da Rússia.

Várias potências ocidentais tinham já alertado que consideravam inaceitável a mobilização de cerca de dez mil militares norte-coreanos para lutar ao lado do Exército russo na região fronteiriça de Kursk, invadida pelas tropas ucranianas em agosto.

Esta escalada militar na guerra da Ucrânia ocorre numa fase em que as forças ucranianas lidam com uma progressão das tropas russas na região leste de Donetsk, e procuram segurar as suas posições em Kursk.

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por RTP

China, Brasil, Chile, Colômbia e México contra agravamento

O presidente chinês, Xi Jinping, apelou à união de "mais vozes" por uma "solução política" na Ucrânia. Já o Brasil, o Chile, a Colômbia e o México, por seu turno, exprimiram o desejo que se evite "uma corrida às armas" devido ao conflito russo-ucraniano.

Num comunicado conjunto, os americanos pediram que sejam "evitadas ações que desemboquem numa corrida às armas e agravem" a guerra.

"Pressionamos todas as partes implicadas a respeitar os seus compromissos internacionais e a privilegiar o diálogo e a procura da paz naquela região", escrevem os Governos dos quatros países da América do Sul e Latina.

De visita a Brasília, após ter participado no G20 no Rio de Janeiro, o presidente chinês apelou por "mais vozes", "comprometidas pela paz, a fim de abrir caminho a uma solução política" para a guerra na Ucrânia.

De acordo com a agência oficial Nova China, Xi fez esta declaração durante a conferência de imprensa que se seguiu ao seu encontro com homólogo brasileiro, Lula da Silva, no quadro da sua visita de Estado ao país.
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por RTP

Zelensky considera minas antipessoais "muito importantes"

O presidente da Ucrânia destacou a importância das minas antipessoais, disponibilizadas pela Administração Biden esta quarta-feira, para ajudar a "deter os assaltos russos".

Washington explicou a decisão de fornecer as minas com as alterações táticas russas no campo de batalha. Moscovo está a optar cada vez mais pela infantaria, disse o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin.

"As forças mecanizadas deles já não vão à frente. Avançam a pé, de forma a aproximarem-se e agir de forma a abrir caminho às forças mecanizadas", referiu Lloyd aos jornalistas.

"Os ucranianos necessitam de algo que possa ajudar a atrasar este esforço da parte dos russos", acrescentou, o qual pode ajudar a justificar os recentes avanços significativos das tropas de Moscovo na frente leste do conflito.

A decisão do Governo norte-americano suscitou uma onda de críticas por parte de ONG que denunciam o uso de minas deste tipo.
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por RTP

EUA preveem reabrir embaixada em Kiev na quinta-feira

Os Estados unidos deverão reabrir a sua embaixada na capital ucraniana, e retomar as operações normais, esta quinta-feira, anunciou o Departamento de Estado.

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Momento-Chave
por RTP

MNE. Encerramento da embaixada em Kiev não é nada "de novo"

Foto: Danil Shamkin via Reuters Connect

Paulo Rangel confirmou à RTP o encerramento temporário da embaixada portuguesa em Kiev, após as 15H00 locais, explicando que a decisão foi formalizada por não se saber quando poderá ser reaberta a sede diplomática portuguesa na Ucrânia.

"Tomámos a decisão de que não abrirá amanhã, eventualmente também não nos próximos dias", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, acrescentando que a situação está sob avaliação "permanente".

Rangel sublinhou que o encerramento da embaixada é "temporário". "Não se pode criar a ideia de que nós estamos a retirar as pessoas de Kiev" para regressarem a Portugal, alertou.

O ministro lembrou que "em termos práticos" este não foi o primeiro encerramento da embaixada em Kiev, desde a invasão russa da Ucrânia.

"Aconteceu dezenas, se não até mais do que duas centenas de vezes, durante um dia ou dois a embaixada não abrir porque os seus funcionários, os diplomatas e alguns funcionários locais, tinham de estar em bunkers, porque os alertas eram permanentes", explicou o MNE.

"Do ponto de vista prático não estamos a fazer nada de novo", sustentou Paulo Rangel.

A diferença é que, agora, o ministério entendeu "formalizar" o encerramento, por não existir data de reabertura.

"Enquanto que, normalmente, nas outras ocasiões, nós conseguíamos prever qual era o dia exato em que iríamos reabrir, aqui temos de fazer uma monitorização dia a dia", explicou o responsável pela diplomacia portuguesa.
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por RTP

Países Baixos entregam últimos F-16 à Ucrânia

Os Países Baixos entregaram esta quarta-feira os últimos dois dos 18 caças F-16 prometidos a uma instalação de treino na Roménia, onde os pilotos ucranianos e o pessoal de terra estão a ser ensinados a pilotar e a manter os aviões em combate, anunciou o Governo neerlandês.
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por Lusa

Ministro defende reforço do pilar europeu da NATO "por causa de Putin"

 O ministro da Defesa advogou hoje o reforço do contributo nacional para o pilar europeu da NATO "não por causa de Trump mas por causa de Putin" e perante uma Rússia "que já funciona em economia de guerra".

"Para conseguirmos estar do lado certo da História, do lado dos nossos aliados, na defesa desses valores, temos de assumir as responsabilidades que nos são pedidas, em favor da segurança coletiva, reforçando o contributo nacional para o pilar europeu da Aliança Atlântica", defendeu Nuno Melo, que falava no encerramento do congresso da Associação de Auditores de Cursos de Defesa Nacional 2024, que decorreu na Academia Militar, na Amadora, Lisboa.

Nuno Melo alertou para estimativas que apontam que "o investimento russo em Defesa para 2025 deverá ultrapassar a globalidade do investimento dos 27 países-membros da União Europeia".

"Isso deve fazer-nos refletir a todos, ponderado que a Rússia funciona já em modo de economia de guerra", avisou.

Neste contexto, continuou o governante, tal significa a obrigação também de Portugal de investir mais em Defesa "não por causa de Trump, mas por causa de Putin", citando o nome indicado para o cargo de comissário para a Defesa e o Espaço, o ex-primeiro ministro lituano, Andrius Kubilius.

Nuno Melo defendeu as medidas já adotadas pelo atual Governo PSD/CDS-PP para os militares das Forças Armadas, e realçou que Portugal decidiu ainda "reforçar o papel que lhe compete na NATO", antecipando para 2029 o objetivo de chegar aos 2% do Produto Interno Bruto em despesas militares.

"Não obstante, recordaria também as declarações de há três dias do Secretário-Geral da NATO, que, expressando certamente o sentimento dos aliados, adverte que 2% é já uma meta porventura ultrapassada, e para isso indica valores superiores a 3%", advertiu.

O esforço de Portugal, continuou, deverá ser feito "junto dos aliados", até para "reforço da credibilidade" do país, "tendo obviamente também necessariamente em conta todas as contingências orçamentais".

"Mas é bom que percebamos o caminho e para onde o mundo, no plano político, também nos vai conduzindo", acrescentou.

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Momento-Chave
por RTP

Embaixada portuguesa em Kiev fecha temporariamente

O Ministério dos Negócios Estrangeiros informou há momentos que a embaixada portuguesa em Kiev encerrou temporariamente.

"A nossa embaixada funcionou hoje regularmente até às 15h00 locais e, entretanto, nós tomámos a decisão de que ela não abriria amanhã, eventualmente também não nos próximos dias, com uma avaliação permanente da situação. Portanto, há um encerramento, mas um encerramento temporário", afirmou Paulo Rangel, em declarações aos jornalistas em São Paulo, à margem de uma visita com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, à Casa de Portugal.

O ministro salientou que "não se pode criar a ideia" de que Portugal está a retirar as pessoas de Kiev, salientando que estes encerramentos temporários aconteceram "dezenas, se não centenas de vezes" ao longo dos mil dias da guerra na Ucrânia.
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por RTP

Conselho da Europa apela a soluções "sustentáveis" para crianças ucranianas refugiadas

O Conselho da Europa apelou esta quarta-feira ao desenvolvimento de "soluções sustentáveis" para o acesso à educação das crianças ucranianas refugiadas em solo europeu.

"Agora que o trágico marco de 1000 dias de guerra na Ucrânia foi ultrapassado, é altura de passar das soluções de emergência para soluções mais sustentáveis e de longo prazo", afirmaram os peritos do Grupo Consultivo para as Crianças da Ucrânia, em colaboração com o Departamento de Educação do Conselho da Europa, num estudo.

De acordo com os dados da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), cerca de 40% dos 6,5 milhões de refugiados ucranianos são crianças e adolescentes "que têm de continuar a sua escolaridade", refere o estudo.

Apesar de uma melhoria no seu acesso à educação desde meados de 2023, "ainda há muito a fazer", observaram os peritos, recordando que o ensino primário é "obrigatório e gratuito para todos", de acordo com a Convenção sobre os Direitos da Criança.
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Momento-Chave
por RTP

Ucrânia dispara mísseis britânicos Storm Shadow contra a Rússia

A Ucrânia disparou mísseis britânicos de longo alcance Storm Shadow contra território russo, avançou o site de notícias Bloomberg esta quarta-feira, citando um funcionário que falou em condição de anonimato.
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Momento-Chave
por RTP

Papa vê guerra na Ucrânia como "catástrofe vergonhosa"

Foto: Remo Casilli - Reuters

Perante milhares de peregrinos, entre os quais a primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, Francisco evocou os mil dias de guerra. Pediu para que as armas deem lugar ao diálogo.

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por RTP

Marcelo descreve mil dias de invasão russa da Ucrânia como teste à NATO

Foto: Tiago Petinga - RTP

O presidente da República afirma que os mil dias de invasão russa na Ucrânia foram um teste à NATO e que este é um momento "psicologicamente importante" e sensível.

Marcelo Rebelo de Sousa acredita que a aliança europeia e norte-americana se mantém firme e recorda que o apoio recebido agora pela Ucrânia era pedido há muito tempo.
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Momento-Chave
Com capacidade limitada
por RTP

Embaixada alemã em Kiev de portas abertas

A embaixada da Alemanha em Kiev permanece aberta com capacidade limitada e ainda pode ser contactada por cidadãos alemães que se encontram no país, disse um funcionário do Ministério alemão dos Negócios Estrangeiros na quarta-feira.

“Estamos em contacto permanente com os nossos colegas no terreno para que possamos tomar as medidas adequadas caso a situação se altere”, acrescentou.
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Momento-Chave
por RTP

Ucrânia refere-se a uma operação de guerra "psicológica" russa

A Rússia encenou “um ataque psicológico de informação maciça” contra a Ucrânia ao espalhar um aviso falso, supostamente da inteligência militar ucraniana, sobre um ataque aéreo em massa iminente, afirmou a agência de espionagem de Kiev na quarta-feira.

Está a ser difundida uma mensagem através de mensageiros e redes sociais (...) sobre a ameaça de um ataque de mísseis e bombas “particularmente maciço” contra cidades ucranianas hoje”, afirmou a Direção dos Serviços de Informações num comunicado.

“Esta mensagem é falsa, contém erros gramaticais típicos da informação russa e das operações psicológicas”, remata.
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Momento-Chave
por RTP

Kiev sob alerta de ataque aéreo devido a "ameaça de míssil"

Foi declarado um alerta de ataque aéreo na capital ucraniana e em várias outras regiões esta quarta-feira, devido ao que a força aérea de Kiev descreveu como uma "ameaça de míssil".

O alerta, que o chefe da administração presidencial da Ucrânia exortou os cidadãos a não ignorar, veio poucas horas depois que o Departamento de Estado dos EUA ter fechado a sua embaixada em Kiev devido a "informações específicas de um potencial ataque aéreo significativo".
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por RTP

Putin oferece uma leoa, catatuas e ursos à Coreia do Norte

O presidente russo, Vladimir Putin, ofereceu à Coreia do Norte dezenas de animais para um jardim zoológico em Pyongyang, anunciou esta quarta-feira o Kremlin, indicando o reforço da aproximação entre os dois países.

"Um leão africano, dois ursos castanhos, dois iaques domésticos, cinco catatuas brancas, 25 faisões de várias espécies e 40 patos mandarins foram transferidos do jardim zoológico de Moscovo para o jardim zoológico de Pyongyang", informou o Ministério dos Recursos Naturais da Rússia.

O ministro Alexander Kozlov, que se deslocou à Coreia do Norte, sublinhou que se trata de um "presente de Vladimir Putin".

Putin ofereceu recentemente 24 cavalos de raça ao líder norte-coreano Kim Jong-un, que por sua vez ofereceu cães ao presidente russo.
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Momento-Chave
por Cristina Sambado - RTP

Biden aprova envio de minas antipessoais para a Ucrânia

NurPhoto via AFP

Os Estados Unidos vão fornecer à Ucrânia minas antipessoais, para reforçar a defesa do país contra a invasão da Rússia, revelou um dirigente governamental norte-americano.

Washington espera que a Ucrânia use as minas no seu próprio território, embora Kiev se tenha comprometido a não usá-las em áreas povoadas por civis ucranianos, acrescentou o dirigente.

A decisão de Biden pode ajudar a desacelerar os avanços russos no leste da Ucrânia, especialmente se forem usadas com outras munições fornecidas pelos Estados Unidos, como as minas antitanque, segundo a agência Reuters. As minas americanas diferem das russas porque são “não persistentes” e tornam-se inertes após um período pré-definido. Para detonar, necessitam de uma bateria e não explodem quando a bateria se esgota. Além disso, estão equipadas com um dispositivo de autodestruição ou autodesativação.

Os Estados Unidos forneceram à Ucrânia minas antitanque durante toda a guerra com a Rússia, mas as minas antipessoais tem como objetivo diminuir o avanço das tropas terrestres russas, acrescentou o dirigente, que falou sob condição de anonimato.

A decisão surgiu horas após fontes do Pentágono terem dito que os Estados Unidos vão enviar para a Ucrânia 275 milhões de dólares (260 milhões de euros) em novas armas, antes de Donald Trump tomar posse como presidente dos Estados Unidos, a 20 de janeiro.

Este anúncio de envio de minas antipessoais norte-americanas para a Ucrânia surge depois de mais de dez mil soldados norte-coreanos destacados para Kursk pelas Forças Armadas russas já terem participado em batalhas. Além disso, Pyongyang enviou também armas adicionais para o conflito na Ucrânia, incluindo obuses autopropulsionados e lançadores múltiplos de rockets.

Na terça-feira, a Ucrânia usou mísseis ATACMS dos EUA para atacar o território russo, aproveitando a permissão recentemente concedida pela administração cessante de Biden no milésimo dia da guerra.


Moscovo afirmou que a utilização de ATACMS, os mísseis de maior alcance que Washington já forneceu à Ucrânia, era um sinal claro de que o Ocidente queria fazer escalar o conflito.

Na terça-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, baixou o limiar para um ataque nuclear em resposta a uma gama mais alargada de ataques convencionais.

A medida seguiu-se a meses de avisos ao Ocidente de que, se Washington permitisse que a Ucrânia disparasse mísseis americanos, britânicos e franceses para o interior da Rússia, Moscovo consideraria esses membros da NATO como estando diretamente envolvidos na guerra na Ucrânia.

c/ agências
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Momento-Chave
por RTP

Kremlin considera "absurdo" sugerir que a Rússia danificou cabos no Mar Báltico

A Rússia rejeitou e classidicou de "absurda" a sugestão de que estaria envolvida nos danos causados no fim de semana a dois cabos de telecomunicações de dados de fibra ótica no Mar Báltico.

As declarações surgem depois de governos europeus terem acusado Moscovo de uma escalada de ataques híbridos contra os aliados ocidentais da Ucrânia, dias depois de cabos de dados que ligam a Finlândia à Alemanha e a Suécia à Lituânia terem sido cortados.

A Alemanha, a Polónia e outros países europeus não acusaram diretamente a Rússia de ter destruído os cabos, mas alertaram que se tratava provavelmente de um ato de sabotagem.

"É absurdo continuar a culpar a Rússia por tudo sem qualquer razão", defendeu esta quarta-feira o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
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Momento-Chave
por RTP

Kremlin acusa EUA de fazerem tudo para "prolongar a guerra" na Ucrânia

A Rússia acusou esta quarta-feira os Estados Unidos de fazerem tudo para "prolongar a guerra" ao aumentarem o fornecimento de armas à Ucrânia.

Os EUA "estão totalmente empenhados em prolongar a guerra na Ucrânia e estão a fazer tudo o que podem para esse fim", criticou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
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Momento-Chave
por Cristina Sambado - RTP

Avisos para ataque russo. EUA e Espanha fecham temporariamente embaixadas em Kiev

Vladyslav Musiienko - Reuters

Estados Unidos e Espanha decidiram encerrar temporariamente as respetivas representações diplomáticas na capital ucraniana, face a avisos de um "potencial ataque aéreo significativo" por parte da Rússia. Washington aconselhou mesmo os cidadãos norte-americanos a estarem preparados para se deslocarem imediatamente para um abrigo, em caso de alerta de bombardeamento.

A embaixada norte-americana afirmou que o alerta se aplicava a toda a Ucrânia e aconselhou as pessoas a acompanharem os meios de comunicação social para obterem atualizações. A representanção recebeu informações específicas sobre um potencial ataque aéreo significativo a 20 de novembro.

"Como medida de precaução, a embaixada vai ser encerrada e os funcionários da embaixada são aconselhados a procurar abrigo em caso de ataque", refere a mesma nota, recomendando aos cidadãos dos Estados Unidos na Ucrânia para procurarem abrigo em caso de alerta aéreo.Durante a noite, em Kiev, registaram-se alertas intermitentes de ataques aéreos, mas sem incidentes de maior. Um incêndio num bloco de apartamentos que se temia ter sido causado por destroços de um drone em queda foi, na realidade, causado por um eletrodoméstico.

Estes avisos são raros e devem basear-se em informações específicas. O alerta surge no meio de notícias de que os EUA aprovaram o fornecimento de minas terrestres antipessoais à Ucrânia - mais um passo depois de Washington ter concedido a Kiev autorização para utilizar mísseis de longo alcance dentro da Rússia.

O Pentágono afirmou não ter visto qualquer sinal de que a Rússia estivesse a planear utilizar uma arma nuclear na Ucrânia e acusou os políticos russos de se envolverem numa retórica irresponsável.

“Vamos continuar a monitorizar, mas não temos quaisquer indicações de que a Rússia esteja a preparar a utilização de uma arma nuclear na Ucrânia”, afirmou a porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh.

Pouco depois do anúncio dos Estados Unidos, a embaixada espanhola em Kiev anunciou que não vai prestar serviços esta quarta-feira devido ao "risco acrescido de ataques aéreos em toda a Ucrânia", anunciou a delegação diplomática numa mensagem eletrónica enviada aos espanhóis residentes na Ucrânia.

Em mensagem de correio eletrónico enviada aos residentes espanhóis, a embaixada de Madrid em Kiev recomenda a tomada de medidas de segurança como a procura de um abrigo antiaéreo.

c/ agências
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por RTP

Erdogan opõe-se à utilização de mísseis de longo alcance dos EUA pela Ucrânia

O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, disse opor-se à decisão dos EUA de permitir que a Ucrânia use mísseis de longo alcance para atacar dentro da Rússia, por considerar que tal vai inflamar o conflito.

Para Erdogan, estes desenvolvimentos podem colocar a região e o mundo à beira de uma guerra maior, pelo que tanto a Rússia como a Ucrânia devem manter a contenção.
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por RTP

Forças russas capturam aldeia no leste da Ucrânia

As forças russas tomaram o controlo da povoação de Illinka, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, informou a agência noticiosa estatal RIA esta quarta-feira, citando o Ministério da Defesa.
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Momento-Chave
por RTP

Militares ucranianos dizem ter abatido 56 drones russos e dois mísseis durante a noite

Os militares ucranianos disseram ter abatido 56 dos 122 drones e dois dos seis mísseis lançados pela Rússia durante a noite. A força aérea da Ucrânia avançou ainda que perdeu o rasto de 58 drones lançados por Moscovo, enquanto cinco drones regressaram à Rússia e um foi para a Bielorrússia.
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por Lusa

"Linhas vermelhas" do Kremlin contra "luzes verdes" do Ocidente

Valentyn Ogirenko - Reuters

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, Moscovo tem alertado o Ocidente para "linhas vermelhas" que não poderiam ser ultrapassadas no seu apoio a Kiev, sob ameaça da escalada militar e de um conflito global com a NATO.

O caso mais recente foi a aprovação na terça-feira pelo líder do Kremlin, Vladimir Putin, de um decreto que alarga a possibilidade de utilização de armas nucleares, depois de os Estados Unidos terem autorizado Kiev a atacar solo russo com mísseis norte-americanos de longo alcance.

As ameaças de Moscovo remontam, porém, à década que antecedeu a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, a propósito de uma alegada ingerência ocidental para depor o regime ucraniano pró-russo na revolução Euromaidan em 2014, do apoio militar desde então às autoridades de Kiev e, sobretudo, da sua aspiração de aderir à NATO.
Ameaça à Rússia e sanções


No dia da invasão ucraniana, que cumpriu mil dias na terça-feira, Vladimir Putin argumentou que a sua "operação militar especial" resultava de uma "ameaça real aos interesses e à existência do Estado [russo] e da sua soberania".

O líder mencionou na ocasião que se tratava de uma "linha vermelha" há muito apontada e que tinha sido ultrapassada, numa referência concreta à expansão da NATO no leste europeu.

Alguns dias depois, o Presidente russo mandou colocar em alerta máximo as forças de dissuasão do seu Exército, que podiam incluir a componente nuclear, devido a "declarações agressivas" do Ocidente e ao anúncio de sanções contra Moscovo, que na altura comparou a "uma declaração de guerra".

Tanques modernos


Após o envio pelos aliados de Kiev de equipamento militar da era soviética, os parceiros ocidentais acabaram por ultrapassar as suas hesitações e autorizar no início de 2023 o envio de tanques modernos, que incluíram o alemão Leopard 2, o britânico Challenger 2 e o norte-americano Abrams.

Reagindo à "luz verde" de Berlim, a Embaixada russa na capital alemã advertiu que se tratava de uma medida "extremamente perigosa" e que levava o conflito para "um novo nível de confronto".

No mesmo mês, o antigo Presidente russo e número dois do Conselho de Defesa Nacional, Dmitri Medvedev, alertava que o patrocínio do Ocidente a Kiev e uma derrota da Rússia poderia transformar uma guerra convencional num conflito nuclear, numa das suas várias declarações catastrofistas e que começaram a ser pouco consideradas.

Adesão da Finlândia e Suécia à NATO


O Kremlin avisou em abril de 2023 que tomaria "contramedidas" após a adesão da Finlândia à NATO, considerando o alargamento da Aliança Atlântica como "um atentado à segurança" da Rússia e retomaria o mesmo discurso no seguimento da posterior integração da Suécia, após décadas de neutralidade de Estocolmo.

A par desta retórica, Moscovo começou a abandonar os tratados internacionais que regulam os arsenais nucleares desde a Guerra Fria, enquanto transferia armas nucleares táticas para a Bielorrússia, que faz fronteira com a Lituânia, Estónia e Polónia, três membros da NATO, além da Ucrânia.

Caças F-16


Solicitados por Kiev desde o início do conflito, os caças norte-americanos F-16 começaram a sobrevoar os céus da Ucrânia no último verão, após a formação em tempo recorde de pilotos e pessoal de terra da Força Aérea ucraniana, no âmbito de uma coligação internacional liderada por Países Baixos e Dinamarca e também integrada por Portugal.

No seguimento da "luz verde" de Washington, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo declarou que o uso dos F-16 aumentaria o risco de um confronto militar direto entre Moscovo e a NATO e estes caças modernos passariam a ser um alvo militar legítimo para a Rússia, "onde quer que voem".

Ataques à Rússia


Ao fim de mais de dois anos de guerra, os Estados Unidos deram em maio um aval excecional para o uso defensivo do seu armamento num raio limitado do solo russo, em consequência da invasão russa de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia.

O acordo de Washington para salvar a segunda maior cidade ucraniana - a que se juntou também a Alemanha e o Reino Unido - levou Putin a dizer que os países ocidentais estavam "a brincar com o fogo", numa ameaça reiterada após sucessivas transferências de armamento de ataque e antiaéreo dos aliados da NATO, mas de utilização exclusiva no seu território.

Mísseis ATACMS


Num mês marcado pela eleição do republicano Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, levantando dúvidas sobre a continuação do apoio militar de Washington a Kiev, o Presidente cessante, Joe Biden, autorizou no domingo o uso de mísseis de longo alcance contra a Rússia.

O Kremlin já tinha considerado anteriormente que este aval era uma das suas principais "linhas vermelhas" e suscetível de uma crise nuclear.

Em reação ao anúncio norte-americano de domingo e à primeira utilização das forças ucranianas de mísseis norte-americanos de longo alcance ATACMS na região russa de Bryansk, o chefe da diplomacia de Moscovo, Serguei Lavrov, ameaçou com uma "resposta apropriada" e a uma "nova fase" da guerra.

O seu Ministério já tinha associado um eventual ataque com armas norte-americanas em território russo a uma "participação direta dos Estados Unidos e dos seus satélites", que significaria uma "mudança radical na essência e na própria natureza do conflito".

Depois do acordo de Washington, o Reino Unido e a França confrontam-se com a mesma decisão, sendo que a Alemanha já declarou que não autoriza o uso dos seus mísseis Taurus, com uma capacidade de penetração superior no dobro dos cerca de 300 quilómetros dos ATACMS.

Mas esta posição poderá mudar se o atual chanceler, Olaf Scholz, perder para a oposição as próximas legislativas, em fevereiro.

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por RTP

Kremlin diz que congelar conflito na Ucrânia não convém à Rússia

O Kremlin disse esta quarta-feira que a opção de congelar o conflito na Ucrânia não convém à Rússia, embora tenha reafirmado que o presidente Vladimir Putin está aberto a negociações.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, recusou-se a comentar a decisão da embaixada dos EUA em Kiev de fechar e emitir um aviso sobre um potencial "ataque aéreo significativo", remetendo a questão para o Ministério da Defesa.
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por RTP

Moscovo diz que papel da NATO nos ataques com mísseis não ficará impune

O chefe da espionagem da Rússia, Sergei Naryshkin, disse esta quarta-feira que as tentativas dos países da NATO de facilitar os ataques de mísseis ucranianos nas profundezas da Rússia não ficarão impunes, informou a agência estatal de notícias RIA.

"Os nossos inimigos têm de admitir que a determinação do presidente russo em defender firmemente os interesses fundamentais do país por todos os meios disponíveis reduz a margem de manobra de Washington e Bruxelas", declarou o responsável à revista National Defense.

"As tentativas de alguns aliados da NATO de participarem na previsão de possíveis ataques de longo alcance com armas ocidentais em território russo não ficarão impunes", acrescentou.

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por RTP

Pequim apela à "calma"

A China apelou esta quarta-feira à "calma" e à "contenção", depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter assinado um decreto que alarga as suas opções de utilização de armas nucleares.

"Nas atuais circunstâncias, todas as partes devem manter a calma e a contenção, trabalhando em conjunto através do diálogo e da consulta para aliviar as tensões", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Lin Jian, em conferência de imprensa.
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por RTP

Kiev confirma ataque a posto de comando russo em Belgorod

O serviço de inteligência da Ucrânia confirmou esta manhã que um posto de comando russo na cidade de Gubkin, na região de Belgorod (a cerca de 168 quilómetros da fronteira ucraniana) foi "atingido com sucesso".

Não foi especificado quem levou a cabo o ataque, quando é que ocorreu nem que tipo de armamento foi utilizado.

A informação chega um dia depois do uso de mísseis norte-americanos de longo alcance por Kiev.

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por Lusa

EUA vão fornecer minas antipessoais a Kiev

Os EUA reforçam o envio de armamento para a Ucrânia EPA

Os Estados Unidos vão fornecer à Ucrânia minas antipessoais, para reforçar a defesa do país contra a invasão lançada pela Rússia, disse um dirigente governamental norte-americano.

Washington vai enviar para Kiev "minas antipessoais não persistentes", equipadas com um dispositivo de autodestruição ou autodesativação, disse à agência de notícias France-Presse, na terça-feira à noite, a mesma fonte, que não foi identificada.

A decisão surgiu horas após fontes do Pentágono terem dito que os Estados Unidos vão enviar para a Ucrânia 275 milhões de dólares (260 milhões de euros) em novas armas, antes de Donald Trump tomar posse como Presidente dos Estados Unidos, a 20 de janeiro de 2025.

A administração de Joe Biden está a apressar-se para fazer o máximo que puder para ajudar Kiev a combater a Rússia nos dois meses que restam ao atual Presidente norte-americano, pois o pacote de ajuda está ainda por aprovar.

A última parcela de ajuda em armamento surge num momento em que crescem as preocupações sobre uma escalada no conflito, com ambos os lados a pressionar para obter qualquer vantagem que possam explorar se Trump exigir um fim rápido para a guerra, tal como o presidente eleito prometeu fazer.

Na segunda-feira, Biden autorizou a Ucrânia a disparar mísseis de longo alcance na Rússia, com o Presidente russo, Vladimir Putin, a aumentar a parada e a decretar a possibilidade de o exército da Rússia utilizar armas nucleares.

As autoridades norte-americanas afirmaram que a mudança de estratégia da Rússia na doutrina nuclear era esperada.

No entanto, Moscovo alertou na terça-feira que o novo uso do Sistema de Mísseis Táticos do Exército, conhecido como ATACMS, pela Ucrânia, dentro da Rússia poderá desencadear uma resposta forte.

 

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Ponto de situação
por RTP

Embaixada dos EUA fechada na antecipação de bombardeamento russo

  • A embaixada norte-americana na capital ucraniana está esta manhã de portas fechadas. A representação diplomática dos Estados Unidos afirma ter recebido "informações específicas" sobre um potencial ataque aéreo russo em larga escala, em retaliação pelo primeiro lançamento de mísseis de longo alcance, por parte das forças de Kiev, contra território da Federação Russa. Na rede social X, a embaixada recomenda aos cidadãos norte-americanos na Ucrânia que se preparem para procurar abrigo, caso soem os alarmes;


  • A Ucrânia lançou os primeiros mísseis de longo alcance de fabrico norte-americano contra a Rússia. Os ucranianos atacaram a região russa de Bryansk com pelo menos seis projéteis. Segundo o Ministério russo da Defesa, os fragmentos caíram numa instalação militar não especificada. Houve um incêndio, mas não provocou vitimas nem danos materiais;


  • Kiev aprovou o Orçamento para o próximo anos com uma verba sem precedentes de 60 por cento para a área da defesa e segurança;


  • No Parlamento Europeu, no dia em que se assinalaram mil dias de guerra, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que já haverá perto de 100 mil soldados norte-coreanos na fronteira;


  • O ministro russo dos Negócios Estrangeiros desafiou Donald Trump a tomar uma posição em relação à Ucrânia. Sergei Lavrov garante que Moscovo dará uma resposta adequada ao apoio militar norte-americano;


  • A Alemanha alerta que dois cabos submarinos que ligam o pais à Finlândia foram cortados num ato de sabotagem. Para já, a ministra dos Negócios Estrangeiros não acusa nenhum país. Os cabos de comunicações têm quase 1.200 quilómetros. Além deste caso, houve também problemas com uma ligação de 218 quilómetros entre a Lituânia e a ilha de Gotland, na Suécia. A Alemanha diz que estas ações se enquadram no padrão de uma guerra híbrida;


  • O primeiro-ministro português anunciou que a contribuição de Portugal para o conflito na Ucrânia vai apostar mais em soluções duradoras de paz. Luís Monetenegro diz que o objetivo será sempre o evitar a escalada do conflito;


  • O presidente da República afirma que os mil dias de invasão russa na Ucrânia foram um teste à NATO e que estamos num momento "psicologicamente importante" e sensível. Marcelo Rebelo de Sousa acredita que a aliança europeia e norte-americana se mantém firme e recorda que a Ucrânia já estava a pedir há muito tempo o apoio que recebeu agora.
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por RTP

Moscovo promete resposta a mísseis norte-americanos lançados por Kiev

Foto: Carlos Barria - Reuters

A Ucrânia atacou pela primeira vez território russo com mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos. Moscovo promete uma resposta apropriada e acusa a Ucrânia e o Ocidente de quererem agravar o conflito.

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por RTP

Rússia acena com armas nucleares após ataque com mísseis de longo alcance

Foto: Yuri Kochetkov - EPA

A Rússia promete responder com armas nucleares em caso de um ataque com armamentos convencionais. O presidente Putin assinou uma nova doutrina nuclear do país no dia em que a Ucrânia atacou território russo com mísseis de longo alcance ocidentais.

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por RTP

Armamento nuclear. Bluff de Vladimir Putin ou último recurso?

O arsenal nuclear é o último recurso a que o presidente russo poderá recorrer passados que estão mil dias da guerra na Ucrânia. Com a chegada de Donald Trump à Casa Branca, um cenário em cima da mesa poderá ser a tentativa de ganhar uma derradeira vantagem em possíveis negociações apadrinhadas pelo novo presidente norte-americano.

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por RTP

Pentágono reage com naturalidade à nova doutrina nuclear do Kremlin

O Pentágono encara com naturalidade à atualização da doutrina russa do nuclear e fala de retórica irresponsável de Moscovo, considerando no entanto que se tratará de mera retórica e que não existe verdadeira intenção de usar esse tipo de armamento.

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por RTP

Ataque da Ucrânia à Rússia dominou final da Cimeira do G20 no Brasil

O ataque da Ucrânia à Rússia com mísseis de longo alcance dominou a Cimeira do G20 no Brasil. França a Alemanha acusam Putin de estar a agravra a situação de guerra. O presidente americano manteve o silêncio.

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por RTP

Ucrânia. Marcelo diz não estar à espera que haja "perda de controlo"

Foto: Nuno Patrício - RTP

Apesar dos recentes desenvolvimentos, o presidente da República disse que não está à espera "que haja uma perda de controlo e uma escalada" no conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

"Trata-se de administrações muito experientes, que lidam com isto há muitos anos", disse Marcelo Rebelo de Sousa esta terça-feira.

Sobre a autorização dos EUA à Ucrânia para utilizar mísseis de longo alcance em território russo, Marcelo sublinha que "este é um apoio que vai mais longe em termos de capacidade de contraofensiva, mas mesmo assim é limitado".

Relativamente à notícia de que Vladimir Putin assinou uma nova doutrina de recurso alargado a armas nucleares, o presidente da República lembra que "não é a primeira vez" que a Rússia utiliza esta "terminologia tradicional" com ameaças de utilização de armamento nuclear, mas sublinha que Moscovo tem de ter consciência que "há patamares que não se podem ultrapassar".

"Os valores devem ser defendidos, mas há sempre uma ideia subjacente a tudo: afirmar esses valores, mas sempre construindo a paz", sublinhou.
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